Por: Carlos Sánchez Berzaín - 17/04/2023
Durante sua visita à China, o presidente brasileiro Luis Ignacio Lula da Silva lembrou ao mundo que é um líder populista, com retórica anti-imperialista, partidário de ditaduras e antidemocrático. Como chefe de Estado do Brasil, ele tenta levar seu país a uma aliança com as duas ditaduras mais importantes do mundo, China e Rússia, impondo ao Brasil uma política externa antidemocrática para favorecer os interesses do castrochavismo.
Lula iniciou sua visita à China questionando o "uso do dólar como moeda global, poucas semanas depois de seu governo concordar com Pequim em negociar suas próprias moedas e deixar de lado a moeda americana". Luego, respaldando la propuesta de China se propuso como mediador junto con China respecto a la invasión de Rusia a Ucrania y más tarde expresó que “Estados Unidos debería dejar de fomentar la guerra y comenzar a hablar de paz”, con una alusión similar a la União Europeia.
Lula propôs diretamente que "Brasil e China se unam para equilibrar a geopolítica mundial" e, apontando para os Estados Unidos, disse que "ninguém vai me proibir" de aprofundar as relações com a China.
Estamos diante de um marco de mudança na política externa brasileira, que sem dúvida ocorre à margem das estratégias do Itamaraty, do Congresso daquele país e de seus próprios interesses.
A importância e a seriedade dessa postura reside no fato de Lula seguir apenas a política do socialismo do século XXI ou castro-chavismo, da qual é membro ativo e líder histórico. Ao apoiar as ditaduras chinesa e russa, busca apoio às ditaduras castro-chavistas nas Américas, para acobertar seus crimes dos quais faz parte (lavajato) e reativar a narrativa desprezada dos narco-estados de Cuba, Venezuela , Bolívia e Nicarágua.
Lula é o idealizador do Foro de São Paulo com Fidel Castro, que organizaram para apoiar a ditadura de Cuba quando caiu o Muro de Berlim e a derrota do comunismo com a implosão da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas URSS. O Foro Paulista acabou sendo o braço criminoso da operação castrista e depois castrochavista nas Américas e no mundo, com terroristas, narcotraficantes e operações a serviço da conspiração, da corrupção e da impunidade.
A abordagem de Lula na China não é a do Brasil, é apenas o alinhamento do cacique castro-chavista que detém o poder no país mais importante da América Latina com as ditaduras que tentam criar uma nova bipolaridade mundial que vai do confronto do comunismo contra capitalismo ao das ditaduras contra a democracia.
Lula quebrou a autoproclamada neutralidade do Brasil diante da invasão da Ucrânia pela Rússia, tornou-se cúmplice e ocultador de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pela Rússia na Ucrânia, abandonou a idoneidade de um Chefe de Estado por subserviência de um militante subordinado aos lemas de ideologias extintas e derrotadas que hoje fazem parte do crime organizado transnacional. Subordinou o Brasil à China e à Rússia sem nenhum benefício para os brasileiros.
Um papel doloroso para o presidente de um país tão grande quanto o Brasil, digno de melhor sorte e representação, que deve formular e executar sua política externa com base em seus "interesses e princípios". Os interesses do Brasil são determinados por seu desenvolvimento, influência e poder regional e global; os seus princípios sempre foram a liberdade, a democracia, o respeito pelos direitos humanos, a propriedade privada e a "ordem e progresso" proclamados pelos seus símbolos nacionais.
A ação de Lula não obedece aos interesses do Brasil, é a política externa do castrochavismo, do socialismo do século XXI, eventualmente desenhada em Cuba com interferência russa e chinesa. Um ato de intervenção no Brasil pretende reativar um bipolarismo mundial com a China como líder e a Rússia como operadora violenta, com o Irã como ameaça terrorista a Israel e ao mundo livre, com a Coreia do Norte como detonador de crises permanentes e com o castrochavismo como as ditaduras de Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua como plataformas de ataque contra as democracias das Américas.
A cortina da dissimulação caiu, a fase de agressão direta foi ativada em busca de um novo mundo bipolar sob o pretexto da paz para justificar a derrota sofrida pela Rússia na invasão da Ucrânia. Uma falsa narrativa para disfarçar as ditaduras, os crimes contra a humanidade e o terrorismo de estado da China, Rússia, Irã, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e mais, do pacifismo com um discurso anti-imperialista e agora da antidolarização pela falência das economias ditatoriais.
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