Por: Carlos Sánchez Berzaín - 06/11/2022
A entrega da Colômbia ao ditador Nicolás Maduro na Venezuela é o ato mais importante na estratégia para integrar o sistema de crime organizado transnacional do castrochavismo nas relações internacionais. Diante de um Maduro, procurado por tráfico de drogas (cartel de los soles) com 15 milhões de dólares por sua captura, investigado por "crimes contra a humanidade" no Tribunal Penal Internacional, no poder com "terrorismo de estado", em um "narco-estado" que apoia o terrorismo e um inimigo declarado da Colômbia, Petro submeteu a política externa da Colômbia às ditaduras/narco-estados do socialismo do século XXI.
Desde que Hugo Chávez transformou a Venezuela em uma ditadura e a utilizou como centro de financiamento para a expansão da ditadura cubana com a maior conspiração contra a democracia das Américas, a República da Colômbia continuou sendo o principal alvo a controlar e assumir. Desde então, a Colômbia tem sido objeto da repetição das agressões perpetradas no século 20 por Cuba por meio de guerrilheiros terroristas e narcotraficantes como as FARC, ELN, que organizou, treinou e agora apoia da Venezuela.
O plano de governo de Petro visa subordinar a Colômbia à liderança de Cuba na política internacional e ao empobrecimento acelerado dos colombianos para adicioná-los aos milhões de venezuelanos, cubanos, nicaraguenses, bolivianos e centro-americanos em crise humanitária ou à beira dela. Não é que o Petro busque exercer liderança na América Latina, muito pelo contrário, pois os fatos mostram que ele apenas repete ações fracassadas dos ditadores de Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e dos governos paraditatoriais de Fernández/Kirchner da Argentina e López Obrador do México. , no narcotráfico e na política internacional, para encobrir as ditaduras do crime organizado.
Como tema central da política internacional -em seu discurso de posse- Petro proclamou o "fracasso da luta contra o narcotráfico", que repetiu na Assembleia das Nações Unidas em 2022. Essa narrativa tem sua origem nos anos 80 do século passado com Fidel Castro, que procurou encobrir o primeiro narcoestado na região em que transformou Cuba com sua parceria com os traficantes de drogas Pablo Escobar Gaviria da Colômbia e Roberto Suarez da Bolívia e que tentou terminar com a execução de seus enviados Ochoa e a Guarda. Foi repetido por Chávez desde 2003, por Juan Manuel Santos em 2014 e na ONU por Evo Morales em 2016.
A narrativa castristachavista do fracasso da luta contra o narcotráfico é a proposta de legalizar os narcotraficantes e, assim, legalizar os narcoestados que eles construíram e operam em Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua. Se o narcotráfico deixa de ser crime porque a luta contra esses crimes supostamente não funciona, então narcotraficantes como o chefe do regime venezuelano e seu "cartel dos sóis" (todos membros da ditadura), os das FARC e o ELN na Colômbia, os patrões do sistema em Cuba, Bolívia e Nicarágua, castrochavismo em geral, não são mais criminosos.
Nenhum dos partidários do suposto fracasso do combate ao narcotráfico diz que a parte que não funciona é aquela que caiu nas mãos dos chefes dos narcoestados, seus cúmplices e/ou dos interessados e beneficiários em nenhuma das etapas do tráfico de drogas. Não há como os chefes de narcoestados e seus subordinados lutarem contra o narcotráfico, como demonstraram Bolívia com Morales/Arce, Equador com Correa, Venezuela com Chávez/Maduro, Cuba com Castro/Diaz-Canel, México com López Obrador e para ser visto Colômbia. com Petro.
Petro acaba de perpetrar a rendição incondicional da Colômbia à ditadura/narco-estado da Venezuela. Ele viajou ao território do vencedor para dizer a Maduro que tem a Colômbia e sua política internacional e de lá pedir aos governos da América Latina - sem dizer nada sobre presos políticos, torturas, violações de direitos humanos - que a ditadura que gerou a crise migratória na história da região é tratada como um assunto normal de direito internacional.
No aspecto bilateral, a visita não ajudou em nada a grave situação da fronteira colombiana-venezuelana em que atua o crime organizado apoiado pela ditadura venezuelana. Como alegaram 54 organizações venezuelanas, não há menção à "participação das vítimas das organizações indígenas, de direitos humanos e ambientais venezuelanas no processo de paz total", que é a proposta de Petro de "negociar com os grupos armados que durante anos causaram a violência que sangra a nação” e transformá-la em “política de Estado que inclua comunidades com diálogos vinculantes”.
* Advogado e Cientista Político. Diretor do Instituto Interamericano para a Democracia
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